Estudantes da Geografia aprendem com simulação de gerenciamento de desastre

A proposta interativa buscou desenvolver habilidades de tomada de decisão, coordenação de ações e comunicação eficaz

Capacitar os estudantes a aplicarem conhecimentos teóricos sobre gerenciamento de crises em um cenário simulado de desastre foi o objetivo do professor de Geografia da UFRN, Lutiane Almeida no encontro do dia 22 de agosto. Especialista na área de gestão de riscos de desastres, Almeida propôs uma simulação na disciplina Riscos Ambientais, do curso de bacharelado em Geografia, de modo a engajar os futuros geógrafos na ação responsável diante de situações críticas.

“Fizemos um momento de preparação, definindo o seguinte cenário: após precipitação de 350mm em 24 horas, é deflagrado deslizamento de terra no parque das dunas; há destruição dos blocos I, H, G, F, E, D, C e dano parcial ao bloco B do setor 2 de aulas da UFRN; encontraram-se duas vítimas parcialmente soterradas; há necessidade de evacuação das pessoas e socorro às vítimas; é preciso definir rotas de fuga e área segura”. Tal situação foi pensada em conjunto com os estudantes, que também definiram quais atores deveriam ser envolvidos na gestão da crise:  defesa civil, SAMU, bombeiros, reitor, pró-reitores, direção do CCHLA, funcionários e alunos.

Os participantes da simulação foram chamados a produzir mapas para espacializar o cenário relatado e depois do simulado de mesa, trabalharam na elaboração de recomendações. “O simulado de mesa é um exercício de treinamento ou planejamento em que um grupo reproduz uma resposta a uma situação específica, geralmente uma crise ou emergência. Nesse processo, os participantes discutem, analisam e tomam decisões sobre como responderiam à situação, mas sem a execução real das ações”, explica o professor Almeida.

Dentre as recomendações propostas pelos estudantes, Anderson Teixeira da Silva aponta a criação de um comitê de crise, ações sobre as vias de circulação na UFRN para prestação de socorro e interdições, e o fluxo de informações entre os centros e setores sobre as ações que devem ser tomadas.

A atividade permite a avaliação de planos de resposta, identificação de lacunas e testes acerca da comunicação entre as equipes, o que pode melhorar a preparação para a resposta a um desastre.

Luiza Pereira, que participou da atividade, confirma: “A simulação contribui para compreender detalhadamente as consequências e desafios durante um desastre. O aspecto mais interessante foi entender o papel dos agentes nesse contexto, ter conhecimento da área atingida e como o planejamento e a preparação são essenciais para minimizar os riscos”.