Como evitar novos desastres nas regiões das lagoas de captação?

O uso de geotecnologias para gestão de riscos envolvendo lagoas de captação (ou reservatórios de água das chuvas) é o objeto de estudo de Thiago Santoro, acadêmico do curso de Geografia e integrante do Grupo de Pesquisa Georisco. Partindo do desastre ocorrido em Natal, em 2022, que gerou uma grande quantidade de alagamentos e danos decorrentes de transbordamento dessas lagoas, Santoro decidiu pesquisar como o mapeamento dessas áreas pode auxiliar no manejo de riscos nessas regiões.

As lagoas de captação são importantes mecanismos para drenar o excesso de água nos centros urbanos e contribuem com a prevenção de inundações. Porém, elas precisam de manutenção, a fim de que a população residente nas suas proximidades não seja afetada em situações de chuvas intensas, quando a sua capacidade pode ser extrapolada.

Santoro relata que o Georisco foi fundamental para desenvolvimento de sua pesquisa, pois, com apoio de seus membros, construiu um arcabouço teórico e metodológico que facilitou a compreensão do tema, além de poder reunir a temática de riscos com a área de geoprocessamento e cartografia. Os interesses pessoais do jovem pesquisador foram ao encontro de uma situação bastante negligenciada pelo município de Natal.

A pesquisa está em andamento e deve ser concluída em 2024. Santoro destaca que o trabalho poderá contribuir com a prevenção de desastres próximos a esses equipamentos. “Os resultados poderão subsidiar futuros planejamentos urbanos e planos de redução de riscos nos locais mais afetados por esse tipo de desastre”, ressalta.

Texto: Eloisa Loose